domingo, 30 de janeiro de 2011

2011, o ano do Caos?

Edu Dallarte



2011: o ano impiedoso – o cruzamento dos três caminhos para o caos mundial
Este número 51 do GEAB assinala o quinto aniversário da publicação do Global Europe Anticipation Bulletin. Ora, em Janeiro de 2006, por ocasião do GEAB Nº 1 , a equipa de LEAP/E2020 indicava nessa altura que se iniciava um período de quatro a sete anos que seria caracterizado pela Queda do Muro do Dólar, fenómeno análogo ao da queda do Muro de Berlim que, nos anos subsequentes, levou ao desmantelamento do bloco comunista e a seguir da URSS. Hoje, neste GEAB Nº 51 que apresenta as nossas trinta e duas previsões para o ano de 2011, calculamos que o próximo ano será um ano charneira neste processo que se estende pois de 2010 a 2013. De qualquer modo, será um ano impiedoso, porque vai marcar a entrada na fase terminal do mundo anterior à crise. [1]
A partir de Setembro de 2008, altura em que a evidência da natureza global e sistémica da crise se impôs a toda a gente, os Estados Unidos e, por detrás deles, os países ocidentais contentaram-se com medidas paliativas que apenas serviram para mascarar os efeitos de sapa da crise nos alicerces do sistema internacional contemporâneo. 2011 vai, de acordo com a nossa equipa, assinalar o momento crucial em que, por um lado, essas medidas paliativas vão ver desaparecer o seu efeito anestesiante enquanto que, pelo contrário, vão surgir em primeiro plano com toda a brutalidade as consequências da deslocação sistémica destes últimos anos. [2]
Em resumo, 2011 vai ser marcado por uma série de choques violentos que vão fazer explodir as falsas protecções instituídas desde 2008 [3] e que vão deitar abaixo, um após outro, os pilares sobre os quais assenta desde há decénios o Muro do Dólar. Só os países, as colectividades, as organizações e os indivíduos que, de há três anos a esta parte, trataram realmente de tirar lições da crise em curso para se afastar o mais depressa possível dos modelos, valores e comportamentos anteriores à crise, atravessarão incólumes este ano; os outros vão enfileirar no cortejo de dificuldades monetárias, financeiras, económicas, sociais e políticas que o ano de 2011 nos reserva.
Portanto, como consideramos que 2011 será globalmente o ano mais caótico desde 2006, data do início dos nossos trabalhos sobre a crise, a nossa equipa concentrou-se neste GEAB Nº 51 sobre as 32 previsões para o ano de 2011, que incluem igualmente uma série de recomendações para fazer face aos choques futuros. É pois uma carta de previsão dos choques financeiros, monetários, políticos, económicos e sociais dos próximos doze meses que este número do GEAB oferece.
A nossa equipa considera que 2011 será o ano mais difícil desde 2006, data do início do nosso trabalho de previsão da crise sistémica, porque esta se encontra na encruzilhada dos três caminhos do caos mundial. Na ausência de um tratamento de fundo para as causas da crise, desde 2008 que o mundo apenas tem recuado para saltar melhor.
Um sistema internacional exangue
O primeiro caminho que a crise pode tomar para gerar um caos mundial, é muito simplesmente um choque violento e imprevisível. O estado de decrepitude do sistema internacional está neste momento tão avançado que a sua coesão está à mercê de qualquer catástrofe de monta [4] . Basta ver a incapacidade da comunidade internacional para ajudar eficazmente o Haiti ao fim de um ano [5] , dos Estados Unidos para reconstruir Nova Orleães desde há seis anos, da ONU para resolver os problemas de Darfour e da Costa do Marfim desde há uma década, dos Estados Unidos para fazer avançar a paz no Próximo Oriente, da NATO para vencer os talibãs no Afeganistão, do Conselho de Segurança para dominar as questões coreana e iraniana, do ocidente para estabilizar o Líbano, do G20 par pôr fim à crise mundial, quer financeira, alimentar, económica, social, monetária… para constatarmos que no conjunto tanto da paleta das catástrofes climáticas e humanitárias, como na das crises económicas e sociais, o sistema internacional se encontra actualmente impotente.
Evolução mensal do índice Alimentação da FAO (2010) e dos preços dos principais géneros alimentícios (2009/2010) (base 100: média 2002-2004). Com efeito, pelo menos a partir dos meados dos anos 2000, o conjunto dos grandes actores mundiais, em cuja primeira fila se encontram, claro, os Estados Unidos e o seu cortejo de países ocidentais, só age através da comunicação e da gesticulação. Na realidade, nada mais funciona: a esfera da crise gira e todos sustêm a respiração para que ela não caia na sua casa. Mas, progressivamente, a multiplicação dos riscos e dos temas de crise transformaram a roleta do casino numa roleta russa. Para o LEAP/E2020, o mundo inteiro começa a jogar a roleta russa [6] , ou melhor, a sua versão de 2011, “a roleta americana”, com cinco balas no tambor.
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A subida em espiral dos preços das matérias-primas (alimentares, energéticas [7] …) vai fazer-nos lembrar 2008 [8] . Foi com efeito no semestre anterior ao colapso do Lehman Brothers e da Wall Street que se situou o episódio precedente de pronunciadas subidas dos preços das matérias-primas. E as actuais causas são da mesma natureza que as dessa altura: uma fuga para fora dos activos financeiros e monetários a favor das colocações concretas. Nessa altura os grandes operadores fugiram dos créditos hipotecários e de tudo o que deles dependia assim como do dólar americano; hoje fogem do conjunto dos valores financeiros e dos títulos do Tesouro [9] e de outras dívidas públicas. É pois de esperar, entre a primavera de 2011 e o Outono de 2011, uma explosão da bolha quádrupla dos títulos do Tesouro, das dívidas públicas [10] , dos balancetes bancários [11] e do imobiliário (americano, chinês, britânico, espanhol,¦ e do comercial [12] ; tudo isto a desenrolar-se com o pano de fundo duma guerra monetária exacerbada [13] .
A inflação induzida pelos Quantitative Easing americano, britânico e japonês e as medidas de estímulo dos mesmos, dos europeus e dos chineses, vai ser um dos factores desestabilizadores de 2011 [14] . Voltaremos a isto com maior pormenor neste GEAB Nº 51. Mas o que já é evidente no que se refere ao que se passa na Tunísia [15] , é que este contexto mundial, nomeadamente a subida dos preços dos géneros alimentícios e da energia, desemboca daqui para a frente em choques sociais e políticos radicais [16] . A outra realidade que o caso tunisino revela, é a impotência dos padrinhos franceses, italianos ou americanos para impedir o colapso de um regime amigo [17] .
Impotência dos principais actores geopolíticos mundiais
E esta impotência dos principais actores geopolíticos mundiais é o outro caminho que a crise pode utilizar para gerar um caos mundial em 2011. Com efeito, podemos classificar as principais potências do G20 em dois grupos cujo único ponto em comum é que não conseguem influenciar os acontecimentos de modo decisivo.
De um lado temos o Ocidente moribundo com os Estados Unidos, por um lado, onde o ano de 2011 vai demonstrar que a liderança não passa duma ficção (ver neste GEAB Nº 51) e que tentam cristalizar todo o sistema internacional na sua configuração do início dos anos 2000 [18] ; e depois temos a Eurolândia, soberanaem gestação que está actualmente concentrada sobretudo na adaptação ao seu novo ambiente [19] e ao seu novo estatuto de entidade geopolítica emergente [20] e que portanto não tem nem a energia nem a visão necessárias para ter peso nos acontecimentos mundiais [21] .
E do outro lado, encontramos os BRIC (em especial a China e a Rússia) que se mostram incapazes neste momento de assumir o controlo de todo ou parte do sistema internacional e cuja única acção se limita pois a minar discretamente o que resta dos alicerces da ordem anterior à crise [22] .
No final das contas, é pois a impotência que se generaliza [23] ao nível da comunidade internacional, reforçando não só o risco de choques importantes, mas igualmente a importância das consequências desses choques. O mundo de 2008 foi apanhado de surpresa pelo choque violento da crise, mas paradoxalmente o sistema internacional estava mais bem equipado para reagir porque estava organizado em volta de um líder incontestado [24] . Em 2011, isso já não acontece: não só já não há um líder incontestado, mas o sistema está exangue como se viu anteriormente. E a situação ainda se agravou mais pelo facto de as sociedades de um grande número de países do planeta estarem à beira da rotura sócio-económica.
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Sociedades à beira da rotura sócio-económica
É em especial o caso nos Estados Unidos e na Europa onde três anos de crise começam a ter um forte peso na balança sócio-económica, e portanto política. Os lares americanos actualmente insolventes em dezenas de milhões oscilam entre a pobreza sofrida [25] e a raiva anti-sistema. Os cidadãos europeus, encurralados entre o desemprego e o desmantelamento do Estado-providência [26] , começam a recusar-se a pagar as facturas das crises financeiras e orçamentais e tratam de procurar os culpados (a banca, o euro, os partidos políticos dos governos
Mas, também no seio das potências emergentes, a transição violenta que a crise constitui conduz as sociedades para situações de rotura: na China, a necessidade de controlar as bolhas financeiras em desenvolvimento choca com o desejo de enriquecimento de sectores inteiros da sociedade e com a necessidade de emprego para dezenas de milhões de trabalhadores precários; na Rússia, a fraqueza do tecido social tem dificuldade em aceitar o enriquecimento das elites, tal como na Argélia agitada por motins. Na Turquia, no Brasil, na Índia, por toda a parte, a transição rápida que esses países experimentam desencadeia motins, protestos, atentados. Por razões perfeitamente antinómicas, para umas o desenvolvimento, para outras o empobrecimento, um pouco por toda a parte no planeta, as nossas diferentes sociedades entram em 2011 num contexto de fortes tensões, de roturas sócio-económicas que as transformam em barris de pólvora políticos.
É a sua posição na encruzilhada destes três caminhos que torna pois 2011 um ano impiedoso. E impiedoso será para os Estados (e para as colectividades locais) que optaram por não aprender as difíceis lições dos três anos de crise que precederam e/ou que se contentaram com mudanças cosméticas que não modificaram em nada os seus desequilíbrios fundamentais. Sê-lo-á também para as empresas (e para os Estados [27] que acreditaram que a melhoria de 2010 era sinal dum regresso à normalidade da economia mundial. E finalmente sê-lo-á para os investidores que não compreenderam que os valores de ontem (títulos, moedas não podiam ser os de amanhã (pelo menos por mais anos). A História geralmente é uma boa rapariga. Frequentemente dá um tiro de aviso antes de varrer o passado. Desta vez deu o tiro de aviso em 2008. Prevemos que em 2011 dará a varridela final. Só os actores que tentaram, mesmo com dificuldades, mesmo parcialmente, adaptar-se às novas condições geradas pela crise se poderão aguentar; quanto aos outros, o caos espera-os no fim do caminho.
Notas:
[1] Ou do mundo tal como o conhecemos desde 1945, para retomar a nossa descrição de 2006.
[2] A recente decisão do ministério do Trabalho americano de alargar a cinco anos a medição do desemprego de longa duração nas estatísticas de emprego americanas, em vez de um máximo de dois anos como até agora, é um bom indicador da entrada numa nova etapa da crise, uma etapa que vê desaparecer os hábitosâdo mundo anterior. De resto, o governo americano cita a subida sem precedente do desemprego de longa duração para justificar esta decisão. Fonte: The Hill , 28/12/2010.
[3] Estas medidas (monetárias, financeiras, económicas, orçamentais, estratégicas) estão a partir de agora estreitamente ligadas. É por isso que serão atingidas numa série de choques sucessivos
[4] Fonte: The Independent , 13/01/2011
[5] Ainda é pior, visto que foi a ajuda internacional que levou para a ilha a cólera que já fez milhares de mortos.
[6] De resto, Timothy Geithner, o ministro americano das Finanças, pouco conhecido pela sua imaginação transbordante, acaba de indicar que o governo americano podia ter que fazer de novo coisas excepcionais, referindo-se ao plano de salvamento dos bancos de 1008. Fonte: MarketWatch , 13/01/2011
[7] De resto, a Índia e o Irão estão em vias de preparar um sistema de câmbio “ou contra petróleo para tentar evitar roturas de abastecimento. Fonte: Times of India , 08/01/2011.
[8] O índice FAO dos preços alimentícios acaba de ultrapassar, em Janeiro de 2011 (com 215) o seu anterior recorde de Maio de 2008 (com 214).
[9] Os bancos da Wall Street estão actualmente a desembaraçar-se a grande velocidade (sem equivalente desde 2004) dos seus Títulos do Tesouro americanos. A explicação oficial é a notável melhoria da economia dos EUA que já não justifica refugiarem-se nos Títulos do Tesouro. Bem entendido, têm toda a liberdade de acreditar nisso, como acontece com o jornalista da Bloomberg de 10/01/2011.
[10] Assim, a Eurolândia avança já a grandes passadas pelo caminho descrito no GEAB Nº 51 de um corte no caso do refinanciamento das dívidas de um Estado membro; enquanto que daqui para a frente as dívidas japonesa e americana se apressam a entrar na borrasca. Fontes: Bloomberg , 07/01/2011; Telegraph , 05/01/2011.
[11] Calculamos que, de modo geral, os balanços dos grandes bancos mundiais contêm pelo menos 50% de activos fantasmas em que o ano que entra vai impor um corte de 20% a 40% provocado pelo regresso da recessão mundial com a austeridade, pela subida dos incumprimentos dos empréstimos da habitação, das empresas, das colectividades, dos Estados, das guerras monetárias e do regresso da queda do imobiliário. Os stress-tests americano, europeu, chinês, japonês ou outros bem podem continuar a tentar tranquilizar os mercados com cenários cor-de-rosa, só que este ano o que está no programa dos bancos é um filme de terror. Fonte: Forbes , 12/01/2011.
[12] Cada um destes mercados imobiliários vai continuar a baixar fortemente em 2011 para os que já iniciaram a sua queda nos últimos anos ou, no caso chinês, vai iniciar o seu esvaziamento brutal num fundo de abrandamento económico e de rigor monetário.
[13] A economia japonesa é de resto uma das primeiras vítimas desta guerra das divisas, com 76% dos chefes de empresas das 110 maiores sociedades nipónicas sondadas pelo Kyodo News a declararem-se pessimistas quanto ao crescimento japonês em 2011 na sequência da subida do iene. Fonte: JapanTimes , 04/01/2011.
[14] Eis alguns exemplos edificantes reunidos pelo excelente John Rubino. Fonte: DollarCollapse , 08/01/2011
[15] Lembramos que, no GEAB Nº 48 , de 15/10/2010, classificámos a Tunísia entre os países de alto riscopara 2011.
[16] De resto, não há qualquer dúvida de que o exemplo tunisino gera uma onda de reavaliação entre as agências de classificações e os “especialistas em geopolíticas que, como de costume, não previram o futuro. O caso tunisino ilustra igualmente o facto de que, a partir de agora, são os países satélites do Ocidente em geral, e dos Estados Unidos em particular, que estão na via dos choques de 2011 e dos próximos anos. E confirma o que temos vindo a repetir regularmente, uma crise acelera todos os processos históricos. O regime Ben Ali, velho de vinte e três anos, desmoronou-se em poucas semanas. Quando está presente a obsolescência política, tudo vacila rapidamente. Ora é o conjunto dos regimes árabes pró-ocidentais que já está obsoleto, à luz dos acontecimentos na Tunísia.
[17] Sem dúvida que esta paralisia dos “padrinhos ocidentais” vai ser cuidadosamente analisada em Rabat, no Cairo, em Djeddah e em Aman, por exemplo.
[18] Configuração que lhes era a mais favorável visto que sem contrapeso quanto à sua influência.
[19] Aqui voltaremos com maior pormenor neste número do GEAB, mas do ponto de vista da China, não há engano possível. Fonte: Xinhua , 02/01/2011
[20] Pouco a pouco os europeus descobrem que estão dependentes de outros centros de poder para além de Washington: Pequim, Moscovo, Brasília, Nova Delhi,… entram muito lentamente na paisagem dos parceiros essenciais. Fonte: La Tribune, , 05/01/2011; Libération , 24/12/2010; El Pais , 05/01/2011
[21] Toda a energia do Japão está concentrada na sua tentativa desesperada de resistir à atracção chinesa. Quanto aos outros países ocidentais, não estão em condições de influenciar significativamente as tendências mundiais.
[22] O lugar do dólar americano no sistema mundial faz parte desses últimos alicerces que os BRIC corroem activamente dia após dia.
[23] Em matéria de défice, o caso americano é exemplar. Para além do discurso, tudo continua como antes da crise com um défice em aumento exponencial. No entanto, até o próprio FMI toca a sineta de alarme. Fonte: Reuters , 08/01/2011
[24] De resto, o próprio Market Watch de 12/01/2011, fazendo-se eco do Fórum de Davos, inquieta-se com a ausência de coordenação internacional, que só por si é um enorme risco para a economia mundial.
[25] Milhões de americanos recorrem aos bancos alimentares pela primeira vez na sua vida, enquanto que na Califórnia, como em muitos outros estados, o sistema educativo se desagrega rapidamente. No Illinois, os estudos sobre o défice do Estado comparam-no agora ao Titanic. 2010 bate o recorde das penhoras imobiliárias. Fontes: Alternet , 27/12/2010; CNN , 08/01/2011; IGPA-Illinois , 01/2011; LADailyNews , 13/01/2011
[26] A Irlanda, que enfrenta uma reconstrução pura e simples da sua economia, é um bom exemplo de situações futuras. Mas, a própria Alemanha, embora com resultados económicos notáveis actualmente, não escapa a esta evolução, como demonstra a crise do financiamento das actividades culturais. Enquanto que no Reino Unido, milhões de pensionistas vêem as suas receitas amputadas pelo terceiro ano consecutivo. Fontes: Irish Times , 31/12/2010; Deutsche Welle , 03/01/2011; Telegraph, 13/01/2011
[27] Sobre este assunto, os dirigentes americanos confirmam que esbarram direitinhos contra o muro das dívidas públicas, por não se terem previsto as dificuldades. Com efeito, a recente declaração de Ben Bernanke, o patrão do FED, em que afirma que o Fed não ajudará os Estados (30% de redução nas receitas fiscais em 2009, segundo o Washington Post de 05/01/2011) nem as cidades que sucumbem sob o peso das dívidas, assim como a decisão do Congresso de suspender a emissão das Build American Bonds que evitaram que os Estados fossem à falência nos últimos dois anos, ilustram a cegueira de Washington que só tem equivalente com a que deu provas em 2007/2008 perante a subida das consequências da crise dos subprimes Fontes: Bloomberg , 07/01/2011; WashingtonBlog 13/01/2011
15/Janeiro/2011

O original encontra-se em www.leap2020.eu/ . Tradução de Margarida Ferreira.
Este comunicado público encontra-se em http://resistir.info/ .

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